quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Não vamos fugir baby!

Muitas vezes nos privamos da companhia das pessoas por pura proteção e certo egoísmo. Entendo que muitas situações podem nos impedir de ter comunhão com amigos, familiares e pessoas do nosso círculo social, mas na realidade nada te impede de fato, além do seu próprio querer, dos seus ideais e das tuas prioridades.
Por muitas vezes sabemos que podemos estar junto, mas justificamos tanto para nós mesmos quanto para outrem a nossa ausência, supervalorizando detalhes, sentimentos e obrigações para nos parecer mais plausíveis.
Pergunto-me tantas vezes: Por que iludimos a nós mesmos? Se nos conhecemos tão bem, o que ganharemos ao mentir para si mesmo? Afinal, iludir ou mentir para o próximo tende sempre ao sentido de defesa e certa autopiedade. Entretanto, quanto ao ato de ilusão a si mesmo parece sem nexo.
Então, por que fazemos isso em inúmeras situações?
Pois cito no presente caso as companhias, todavia o mesmo fato ocorre com relação aos sentimentos, aos anseios, aos sonhos, as opiniões, aos conflitos, as incertezas e até mesmo a própria personalidade.
Existem momentos em que as pessoas mentem para si mesmas como uma fuga à mudanças, e atrevo-me a dizer que é uma fuga ao crescimento.
Pois quem há de negar que amadurecer é complexo e por muitas vezes doloroso?
E a convivência social nos remete há infinitas críticas e julgamentos. Os relacionamentos sempre nos adicionam, multiplicam e subtraem algo! E isto nada mais é do que gerar mudança. E toda mudança assusta... Até mesmo as pessoas que adoram surpresas e as que detestam rotinas.
É neste ponto em que entra a questão das diferentes posturas para cada relacionamento, pois para alguns você é influência, para outros você pede conselhos.
Enfim, as operações matemáticas estão sempre presentes, triste para quem detesta matemática... rs. Em certas circunstâncias você empresta, em outras pede emprestado, alguns momentos há divisão e em outros multiplicação... Estando sempre tudo relacionado aos seus sentimentos, as suas experiências de vida, aos momentos e dependendo do amigo, ao dinheiro! E por que não?! rs.

É de meu interesse ressaltar algumas observações do que tenho dito:
1º Se você ama alguém por que se priva da companhia desta pessoa?
2º Tudo o que não cuidamos e não valorizamos nós perdemos.
3º O que ganhamos com a fuga do crescimento? O tempo nunca irá parar para você se adaptar as novas realidades.
4º Independente se suas companhias do cotidiano te agradam ou não, há como você aprender grandes lições com elas. Seja para saber o certo, ou saber o não certo.

E de todas as minhas reflexões e questionamentos, acho que a mais importante é a que nos remete a fuga de Deus. Pois por tantas vezes fugimos do Seu querer, da Sua Vontade e supervalorizamos sentimentos humanos na busca de encontrar uma justificativa para nossa fuga do crescimento espiritual, seja por medo ou falta de conhecimento da Verdade.
E para onde vamos com esse pensamento?
O que iremos alcançar se sempre buscarmos justificar nossas limitações ao invés de buscar mudança?

Não sei ao certo o que meus questionamentos compartilhados geram na sua mente e coração. Mas sei o que geram em mim... E quem sabe um dia eu possa postar sobre as respostas destes questionamentos e indicar o caminho correto de se vivenciar novas etapas e de como valorizar as pessoas da sua vida. Embora eu não acredite muito numa fórmula para tais resultados... Creio que somos únicos e de experiências únicas...
Logo sou adepta de que cada pessoa deveria escrever uma autobiografia! rs.