quarta-feira, 25 de agosto de 2021

A brevidade da vida

Salmos 39

5 Deste aos meus dias o comprimento de um palmo; a duração da minha vida é nada diante de ti. De fato, o homem não passa de um sopro.


6 Sim, cada um vai e volta como a sombra. Em vão se agita, amontoando riqueza sem saber quem ficará com ela.

7 Mas agora, Senhor, que hei de esperar? Minha esperança está em ti.

.

Ontem vi um jovem acidentado e sangrando, desorientado não consiga dizer coisas com sentido. A espera de socorro ele ficava agitado tentando ir embora... Uma enfermeira tentava acalma-lo dizendo que ele deveria ficar quieto a espera da ambulância. Ele só se agitava mais...

Pensei comigo mesma: assim sou eu... Em minha vaidade acho por muitas vezes que estou em perfeitas condições de seguir sem ajuda, mas o Espírito sempre alertando:"Calma! Vc ainda está ferido! Deixe-me cuidar de você. Espere em mim! Descansa..."

O que é a nossa vida?!

Será que negamos o cuidado do Espírito porque mexer na ferida dói?

Ansiosos ou agitados corremos para resolver tudo o que desejamos.

Mas e como está o que realmente importa? Como está o seu espírito?

Quando tudo passar, na brevidade de nossos dias, o que ficará?

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Que nossa esperança esteja em Deus e na sua Palavra!

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Marcas da Vida


Quem vê meus olhos
Não sabe as lágrimas que derramei
Quem vê meus pés
Não sabe os espinhos que pisei
Se ouvir minha voz
Não sabe as vezes que eu me calei pra não sofrer

Quem vê minhas mãos
Não sabe as batalhas que travei
E o meu sorriso
Que muitas vezes eu o disfarcei
Por fora um livro com as marcas que a vida escreveu

E diante das coisas que eu não pude evitar
Eu encontrei abrigo até tudo passar
Na vida tem um tempo pra sorrir e pra chorar
Mas em tudo eu vejo
As mãos do meu Deus a me guardar

Meu passado é uma história
Meu futuro está sendo escrito
Por um Deus que cuida de mim com muito amor
Já passei por coisas na vida
Hoje eu quero as coisas de Deus
Eu vou viver o sobrenatural
Mesmo depois de tudo que passei

Letra da música: 
Marcas da Vida - Pr. Lucas

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

TROCA O MEU PRESENTE?


Existem presentes que não agradam
Existem presentes que só agradam
Há presentes e presentes...

Alguns presentes ficam para sempre
Outros presentes nunca estão presentes
Existem aqueles esperados,
Existem aqueles surpresa.
Há presentes e presentes...

Alguns presentes são caros e outros são raros.
Há presentes e presentes!

Existem presentes que dão presentes
Existem presentes que tiram os presentes

Há presentes que trazem um kit complemento,
acompanham sorrisos, felicidades e gratidão.
Há presentes que trazem um kit complemento,
acompanham discórdia, tristeza e solidão.
Presentes...
Não presentes...

Alguns presentes são gratuitos e outros de alto custo.
Há presentes e presentes!

Há presentes desejados...
Há presentes indesejados...
Há presentes desejados por apenas alguns momentos.
Há presentes desejados por toda vida!

Mas há um Presente jamais ausente, de alto custo,
embora raro é esquecido na pilha dos presentes indesejados.
Há presenteados e presenteados...

"Se, tendo escapado das contaminações do mundo por meio do conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, encontram-se novamente nelas enredados e por ela dominados, estão em pior estado do que no princípio. Teria sido melhor que não tivessem conhecido o caminho da justiça, do que, depois de o terem conhecido, voltarem as costas para o santo mandamento que lhes foi transmitido.Confirma-se neles que é verdadeiro o provérbio: "O cão volta ao seu vômito" e ainda "A porca lavada volta a revolver-se na lama"." 
2 Pedro 2:20-22

Eu também não esperava acordar na véspera de Natal e ler esta passagem TRÊS vezes por "engano". 

Pensei em tantos amados meus que neste Natal talvez se esqueçam de aproveitar o melhor presente que receberam na vida! Talvez, resolverão trocar o presente mais valioso que receberam por mil presentes baratos e ausentes. 

E mesmo não sendo o meu esperado post presente de Natal, poderá ser o melhor presente que alguém precise ler e receber hoje. Para então reabrir a caixinha embaixo da pilha de apenas presentinhos...

"Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifícios pelos pecados." Hebreus 10:26

Ele mesmo levou em seu corpo nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados.
I Pedro 2:24

J.H.Rocha

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Eu de novo! - De novo eu...

Faz tanto tempo que não escrevo que me sinto incapaz de desperta algo bom através de minha escrita.
Penso que talvez nem saiba mais utilizar as palavras, muito menos gerar sentido através da grafia.
Mas há tanto a escrever e descrever... 
Há tanto a compartilhar e expressar... 
Tanto e mais tantos que não conseguem sair do interior.

Sabe quando cem pessoas tentam sair ao mesmo tempo por uma única portinha?
Então... 
Minha mente trabalha assim, infelizmente ou felizmente, ela lança mil pensamentos e possibilidades ao mesmo tempo, em uma única sinapse e... Já foi! O tempo de resposta acabou e eu não expressei nadinha, inerte. Pois meu cérebro não sabe ser muito objetivo certas horas, ou sempre. rs
Ele é muito emotivo ou muito racional, raramente consegue se limitar a uma linha única de pensamento, ele não acredita que as coisas não se relacionem e inter-relacionem todo o tempo e em quaisquer assunto.

Ao som de meus próprios risos recordo-me de quando escrevia neste blog.
A cada texto próprio escrito aqui, ao menos três rascunhos anteriores foram apagados e reescritos... 
Mente constante ou inconstante? Não sei e ela não quer se limitar a definir isto, é perda de tempo, há muito o que pensar e repensar.

Por certo tempo a inquietude de pensamentos me afligiu profundamente, e talvez ainda cause incomodo. Mas não posso lutar contra minha natureza e a humanidade dada por Deus. O que nos cabe é confiar NEle e ver a maneira sobrenatural com que trabalha em nossas fraquezas humanas.
Este é o grande desafio, em humanidade, em limitações, em constantes e inconstantes pensamentos, apenas confiar de olhos fechados...

E como nossa vida muda! 
Como nós podemos mudar!
Que coisa assustadoramente incrível! 

A única coisa que poderá permanecer é seu porto seguro. 
Qual é o seu?
Quem é o seu porto seguro?
Onde fica?
Quanto tempo faz que você não descansa lá?


"Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso

pode dizer ao Senhor: Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio."

Eu lhe avisei previamente sobre meu turbilhão de pensamentos e assuntos. (rs)
São muitas possibilidades e uma única porta... Ai ai ai
É, talvez eu precise retornar mais vezes ao blog.
Estava com saudades!



J.H.

domingo, 8 de julho de 2012

P, a, l, a, v, r, a, s




Sono, Saudade, Silêncio, Segredo, Satisfação, Solidão, Sinceridade, Sabedoria, Superação, Sensatez...

Saudade, Segredo, Satisfação, Sinceridade, Solidão, Sabedoria, Superação, Silêncio, Sensatez,  Sono...

Às vezes algumas palavras soltas conseguem exprimir sentimentos tão ligados, de forma que nenhuma explicação longa e coerente poderia descrever.  Assim é a arte...

A expressão com ou sem palavras, com ou sem ordem. Sua ordem tem relação com o que se sente e nem sempre com o que se entende. Assim é o amor...

O amar é uma arte, a mais bela arte! Pode parecer sem nexo, tantas vezes sem cor, mas quem sente sabe bem que é Amor.

Como diria Camões,
“Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos mortais corações conformidade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”

O amor é o descritível indescritível, é a compreensão do indefinível.
Oras, se camões em seu soneto não consegue limitar o amor, pois sempre se contraria e permanece amor, quem direi eu. 
Tão pouco sei amar correto ou sei amar errado.
Se eu amo?
Nem cabes aqui minha resposta.

Só, Sentir, Sossegar, Silenciar...


J.H.

domingo, 24 de junho de 2012

Replay


Imagine que tenho uma mala muito pesada com um milhão de moedas de ouro. As alças ficam penduradas no meu pescoço, me forçando a cabeça pra baixo, retesando os músculos do olhar pra frente.
Vez ou outra, uma pessoa da rua passa e tenta me roubar. Mas, por mais que esteja tão pesado e doendo e estragando a minha coluna, luto até a morte pra proteger a tal da mala. Automaticamente me atiro contra o chão, como se protegesse um filho das balas. São terríveis esses quilos centralizados no ponto mais fraco do meu corpo, mas pra violência a gente não entrega nem os fardos.
Dai, também, às vezes, uma pessoa da rua se oferece pra carregar a mala pra mim. Ou pra guardar em sua casa. Ou pra dividir o peso ao estilo “uma mão em cada alça”. Também não consigo entregar meu arqueamento e tamanho para essas pessoas. O amor gentil nunca me conquistou. Gentileza é coisa pra quem nunca será íntimo. Solidariedade é coisa pra campanha política. Felicidade é pra quem se conforma em ficar num lugar só porque está bom.
Mas muito de vez em quando, como aconteceu com a gente, aparece uma pessoa que não me pede nada e pra quem eu tenho vontade de entregar cada moeda da minha mala com um milhão de moedas de ouro. Tome, leve, gaste, use, encha a sua banheira com elas e depois me mande uma foto.
Eu sou uma mendiga ao contrario. Eu ando pelo mundo implorando pra que alguém aceite a minha riqueza. Fico sentada no chão, tocando meu instrumento, com um chapéu imenso e lotado. E a plaquinha “por favor, não me ajude”. Muitas pessoas passam, mas pra poucas me levanto.
Posso ficar horas tentando te explicar. Você tem um resto perdido e solitário de sobrancelha ao lado da sobrancelha esquerda. Você tem pequenos buracos entre os dentes de baixo. Você molha o lábio com a língua ainda mais seca que seus lábios, quando está nervoso. Você joga seu maxilar inferior pra frente quando a risada é de deboche. Você joga o seu maxilar superior pra frente quando a risada é de timidez.
Você atravessou a rua com as mãos congeladas dentro do bolso. Você pede perdão pela sua parte playboy com a doçura e a sinceridade de um poeta descalço. Você me convida pra almoçar no restaurante onde terminamos e, porque sabe ser piadista exatamente do jeito que combina comigo, explica detalhadamente onde é o lugar como se eu não lembrasse dele todos os dias.
Eu vejo a palavra “reply” no meu celular e, só porque tem a letra “y”, a letra mais forte do seu sobrenome, sinto de leve um chutinho atrás dos meus joelhos. Eu poderia ficar horas te explicando por que eu acho que é amor.
Você outro dia fez o exercício contrário. Ficou tentando me explicar por que não é amor. Falou da minha amargura verborrágica, das minhas fases com remédios que causam anorgasmia, do quanto odiava quando eu tentava extrair mais e mais e mais do seu peito protegido pelas várias jaquetinhas modernas que parecem paletozinhos mas têm zíper e, por fim, disse que apesar de não simpatizar com elas, prefere as meninas que te fazem sentir de férias em um spa relaxante.
Não são por essas coisas que não se ama. Não são por essas coisas que se ama. Essas são apenas as coisas sobre as quais conseguimos falar na nossa ânsia de ocupar a cabeça enquanto nos encaramos um pouco assustados.
A verdade é que, no meio da multidão, estamos carregando nossas malas pesadas de riquezas e belezas e sentimentos. E uma hora, só porque acontece e não se pode explicar sem parecer ingênuo e arrogante, escolhemos uma pessoa que nos leve.
Eu sei que é amor porque eu te escolhi pra me levar e, mesmo você não tendo aceitado, eu fui.
Eu te vi atravessando a rua com as mãos frias dentro da “jaquetinha paletó que tem zíper” e fui lançada sem tempo de pena. Você não sabe, você não vê, você não quer, você não se importa. Mas, no último segundo do sinal fechado, eu abri a janela do meu carro e joguei a mala com milhões de moedas de ouro.
A mala não te atingiu, caiu meio metro antes do seu último passo. Nem o som do meu peito desmoronado, nem o cheiro do meu amor metalizado, nem a luz da minha devoção dourada. A mala espatifou no meio da avenida caótica pela chuva e pela véspera do feriado. Os famintos, os entediados, os pobre-ninguéns, os todos-os-outros, se engalfinharam pra tirar proveito do amor que, lançado ao homem sem mãos aparentes, agora ficou esparramado, exposto e restante no asfalto, como um resto de feira reluzente.
Tati Bernardi
(Quando não souber descrever o que sentes, busque alguém que tenha sentido o mesmo.)

terça-feira, 1 de maio de 2012

Ilusões


 
Eu estou bem assim, afirmo.
Eu sou muito feliz assim! Retifico.
Embora parte de mim prefira outra forma do meu ser
Àquela forma que eu só fui com você...
Infinidade de pensamentos
Quinhentas ilusões e uma só realidade
Nem sempre triste, mas muito real está tal realidade.
Às vezes o imaginário é o local mais seguro
Sempre inerte, o expert em fazer do ‘tudo errado’ o perfeito...
E do que falta o completo.
Tão amargo mistério, e tão doce ilusão
Do vazio que deixastes das tais grandes emoções.
Pudera eu querer mudar!
Quisera eu tais mudanças desejar.
Inquieta sempre, mas é a constância que move
Deste vazio, se existir, preencher sendo forte.
Forte, disse eu? Ah mentiras...
Mais ilusões...
Aquieta-te alma, silencia coração!
Mais vale um calar na hora certa do que a certeza do que é só ilusão. 

 J.H. da Rocha